quinta-feira, 10 de maio de 2012

Final de domingo


Em silêncio meus olhos esquadrinhavam a tarde que partia.

Não porque não houvesse nada para ser dito:

Havia!

Mas não era imperioso dizê-lo.

O céu lavado pelo temporal que se fora,

A primeira estrela da noite, 

E os meus braços cingindo os teus.

Uma derradeira réstia de luz esgueirou-se por entre as frinchas da janela e veio aninhar-se na comissura dos teus lábios.

Através da vidraça vi a silhueta da noite esparramar-se sobre a urbe.

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