Era um quase poema,
Ou, de outro modo, uma nuança de poema.
Tinha uns mistérios de coisas não ditas
E sugeria outras, também insondáveis.
Por ser um quase poema,
Se permitia certas liberdades, como aquelas,
De rimar amor com amora,
Sim, amora, aquela frutinha delicada e deliciosa,
Com a qual, recentemente, reatei antigos laços de afeto.
Por outro lado, por ser um quase poema,
Flanava acima das regras, inclusive as da física.
O vi singelamente pousado na face cinza de um muro de Porto Alegre.
Outono urbano de irremediável melancolia aquele.
Outono urbano de irremediável melancolia aquele
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