Onde você está? É tarde agora. Meus velhos sapatos recobertos de poeira descansam atrás da porta. Quando sinto a tua falta vou até a margem do rio e espero pelo sol. Às vezes sento-me junto ao alpendre e apenas espero. Você nunca me disse teu verdadeiro nome, mas me ensinou a dançar, e eu te ensinei a olhar as estrelas. Um beija-flor e uma canção antiga me fizeram companhia ontem, e à noite, a brisa soprou mansinho, com uma saudade benfaseja. Te amo como sempre!
Apenas por um dia é a natureza daquilo que é efêmero, transitório, impermanente, mas nem por isso menos belo, singular ou desprovido de importância. Sempre haverá uma perspectiva, um fragmento encoberto, que faz com que algo qualquer envolva alguma qualidade incomum, ainda que ambígua, mas por isso mesmo, rara.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
O que o coração nunca esquece
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ResponderExcluirNossa Neno, que lindas suas letras...
ResponderExcluirQue encontro com esse objeto de amor que nunca se encontrou
"Você nunca me disse teu verdadeiro nome, mas me ensinou a dançar, e eu te ensinei a olhar as estrelas."
Que imensidão carrega esse "verdadeiro nome" e quantos desejos investidos nele. Foste feliz e te agarras na felicidade tanto, que ela sofre de esperas...
A ternura se transforma... em rio, em abraço do sol, em beija-flor... em saudade
Vc deu mais que estrelas, deu amor, e ela sabe!
Desculpe a pretensão. Também me visto de letras e por isso, talvez saiba quem é a dona delas.
Os velhos sapatos empoeirados atrás da porta ainda abrigam "pés" de quem vai até o rio e espera pelo sol.Se estavam descalços? Ainda assim estavam calçados- pele- substância que reveste almas...
Empoeirados? Talvez mais sábios!
Ela, a dona das estrelas, estará sempre aqui, perto de ti, por onde o amor te despertar!
Amigo querido, abç