quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Erval Seco

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Madrugada serenada! O Erval se ressente pela chuva que não veio.
Uma noiva vestida de branco atravessa a rua dormente.
Abandonada no altar, suicidara-se. 
Da janela da mansarda eu a espio.

Enquanto todos os pássaros jazem em seus ninhos
eu asseguro às estrelas que jamais a abandonaria.

Engendro sonhos e adormeço. 

Um sopro repousa à margem da estrada, sob o caminho de leite.
Nunca mais tornarei a vê-la, e para sempre engendrarei sonhos!



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