quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Quem me dera, agora, quem me dera



O que poderia ser, 
senão apenas um lustre no amanhecer?
Pirita, ouro de tolo!,
outro dia desesperado de sonhos e de poesia.
Outra metáfora vazia, de verbo, de signo, para sempre silente de ti.
E novamente, amada, eu não encontrei nada,
lá, onde imaginei que houvesse.
As flores do cosmos só brotam onde a brisa sopra, em teus cabelos tingidos de noite escura. 
Quem me dera agora, lábios, sonhos, primavera, 
e os teus olhos, ao alcance dos meus.
O pátio da tua casa, sempre a minha espera, 
quem me dera, agora, quem me dera.  

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