segunda-feira, 25 de julho de 2016

Fragmentos do dia

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Estavas tão distraída 
que nem te deste conta
quando um sopro de brisa entrou pela janela
e brincou com a penugem da tua nuca.
Por onde andavas então
enquanto teus olhos passeavam a esmo?

Variáveis sobre a Impermanência

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Eu sempre me vou. Gosto disso. Gosto do gosto que levo quando me vou. E invariavelmente me vou à noite. Isso porque gosto do gosto da noite, da solidão da noite, da brisa fresca da noite em meu rosto vincado. Houve algumas ocasiões, raras, é verdade, em que pensei em quedar-me. Mas logo me dei conta da impossibilidade em fazê-lo. Minha bagagem é leve. Aquilo que realmente importa eu carrego dentro de mim mesmo, inclusive aquele sorriso luminoso que me deste naquela longínqua tarde de abril.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

O quantum e o impressionismo

Resultado de imagem para impression du soleil levant de monetObs.: Depois da leitura desse texto débil, eu sugeriria abrir no Youtube a música Vincent, de Don MacLean, e ouvi-la como se fosse uma prece.










"Impression du Soleil Levant", de Monet, tela que deu nome ao movimento.

Quando em 14 de dezembro de 1900 Max Karl Ernest Ludwig Plank, ou Plank, simplesmente, apresentou pela primeira vez à vetusta Sociedade Científica Alemã a sua estranha teoria do quantum, inaugurando assim a Física Quântica e desvelando aquilo que se convencionara chamar de Catástrofe Ultravioleta, é possível que simplesmente - se é que se poderia chamar a esse feito de simplesmente - o que tenha realmente empreendido fora começar a traduzir para a linguagem matemática aquilo que, na arte, Monet, Van Gogh, Renoir, Dégas, Cézanne e outros já estavam fazendo com seus pincéis. O que seja? Capturar a luz em toda a sua plenitude, para fazê-la, gentil e delicadamente, revelar os seus segredos mais sutis.