domingo, 27 de janeiro de 2013

Carta para Gabriela

Olá, amor.
Ontem, enquanto folhava as estrelas, Aldebaran me sorriu.
Tive saudades.
As coisas continuam não fazendo sentido, mas continuo insistindo.
O sol, amor, aquece minhas tardes e às vezes eu me deito sobre a grama.
Depois me levanto e sigo, porque não poderia ser de outra forma.
Se eu pudesse, só por um instante, ouvir o teu riso!
Às vezes fecho os olhos e rio sozinho, rio por nada, rio de mim.
Não acho que as palavras façam tanto sentido - o silêncio nos permite dizer as coisas por dentro.
Mas queria tomar-te pela mão e dizer que te amo.
Como não posso, sussurro a esmo.
E rio... rio sozinho, rio por nada, rio de mim.

2 comentários:

  1. Atena,

    Sabedora do mundo, sabia em mim.
    Se teu cavalheiro vem a mim,
    é o Pai,
    um eco dentro de mim.

    Deito,
    Escuto,
    Sinto,
    Ecco um instante nas tardes que amo,

    Grama e rio,
    misto de sussurro,
    lágrima..
    é só isso que há dentro de mim.

    (Alusão a uma vida, Anarita.)

    Obrigada Neno, beijo.

    ResponderExcluir
  2. Neno, agora entendo...pelo menos um pouco entendo
    A infinitude da imagem, do amor e da presença
    E essa atmosfera que não passa, e que não desejamos que passe
    Acho que é porque ela que nos mantém eretos...
    Acho que é porque ela é que nos tira da cama todo dia...
    Porque no fundo no fundo ela somos nós...


    Um abç com saudades dos nossos papos, meus queridos

    ResponderExcluir