Apenas por um dia é a natureza daquilo que é efêmero, transitório, impermanente, mas nem por isso menos belo, singular ou desprovido de importância. Sempre haverá uma perspectiva, um fragmento encoberto, que faz com que algo qualquer envolva alguma qualidade incomum, ainda que ambígua, mas por isso mesmo, rara.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Toda a beleza da vida nas asas de uma borboleta
A manhã nasce esplendorosamente iluminada
Uma pequena borboleta espreguiça-se no recanto do diminuto jardim abandonado
Em breve ela irá lançar-se em direção ao desconhecido
O sol aquece suas frágeis asas amarelas
Ela nada sabe sobre o futuro, vaticínios ou desilusões
Alçará seu voo delicado num desafio ao imponderável
A cidade nada sabe sobre esse singelo e singular espetáculo
As avenidas esfumaçadas e seus transeuntes apressados lhes serão indiferentes
O mundo lhe será indiferente
E assim ela irá realizar o seu destino despretensioso e mágico
Quando a tarde conhecer o seu ocaso eu a verei novamente
Inerte, asas conspurcadas, quase irreconhecível
Jazerá na poça enlameada de uma esquina sombria
E então, uma parte fugaz do mistério que envolve a beleza da vida ela terá carregado consigo
E eu a levarei comigo, em algum lugar de minha retina esgaçada.
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