sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Gravuras de Machu Picchu


À sombra da Montanha Feliz eu sussurrei um pedido,
A brisa o carregou com ela e o espalhou por todo o vale.
Depois retornei à trilha, e enquanto caminhava, ia traçando desenhos imaginários;
Lembrei da felicidade e olhei o vazio,
De alguma forma eu sempre estivera ali, e você comigo.
Eu ainda trazia os olhos repletos de estrelas da noite que se fora,
Quando o Sol, como um velho e conhecido poeta, mostrou-me a sua face mais esplendorosa.

Como esquecer, afinal?

Todos os fragmentos estão ali, escondidos em monóculos obsoletos,
E em janelas entristecidas com suas cortinas estranhas e amarelecidas.
Naquela noite longínqua, o sol jamais viu as flores que desabrocharam,
Salpicaste as estrelas com poesias coloridas e ninguém mais, além de mim, soube de ti naquela noite;
Como esquecer os teus olhos grandes e aquela mochila vermelha, onde guardavas uns sonhos e lembranças ensolaradas?