Tudo já estava detalhado em seu plano de voo
O acrobata olharia bem fundo nos olhos do abismo
O medo seria apenas e tão somente um espectador estupefato
Suas narinas aspirariam os fragmentos da última estrela
E assim, pleno de universo solitário de si e na solidão da urbe adormecida
Ele se lançaria...
As mãos trêmulas mas resolutas tateariam frenéticas a escuridão
E no derradeiro átimo do iminente e previsível desfecho ele ainda conseguiria um vislumbre da primavera que se fora e da doçura indefinível daquele olhar que ela lhe dera